quarta-feira, 19 de junho de 2013

Vinicius de Moraes.

      No dia 19 de outubro de 2013 será comemorado o centenário do poeta, compositor e músico: Vinicius de Moraes. Bora saber um pouco mais sobre esta ilustre figura da literatura brasileira.
      Moraes nasceu no dia 19 de outubro de 1913, no Rio de Janeiro. Vinicius ingressou em 1924 no Colégio Santo Inácio, de padres jesuítas, onde começou a cantar no coral e a montar pequenas peças de teatro. Em 1929, concluiu o ginásio e no ano seguinte, ingressou na Faculdade de Direito do Catete, hoje Faculdade Nacional de Direito (UFRJ). Graduou-se em Ciências Jurídicas e Sociais em 1933. Três anos depois, obteve o emprego de censor cinematográfico junto ao Ministério da Educação e Saúde. Dois anos mais tarde, Vinicius de Moraes ganhou uma bolsa do Conselho Britânico para estudar língua e literatura inglesas na Universidade de Oxford. Em 1941, retornou ao Brasil empregando-se como crítico de cinema no jornal "A Manhã".  Tornou-se também colaborador da revista "Clima" e empregou-se no Instituto dos Bancários.
      O poeta estava em Portugal, dando uma série de espectáculos, alguns com Chico Buarque e Nara Leão, quando o regime militar emitiu o AI-5. O motivo apontado para o afastamento foi o seu comportamento boêmio que o impedia de cumprir as suas funções. Vinícius foi anistiado (post-mortem) pela Justiça em 1998.
Na década de 1970, já consagrado e com um novo parceiro, o violonista Toquinho, Vinicius seguiu lançando álbuns e livros de grande sucesso.
       Na noite de 9 de julho de 1980, acertava detalhes com Toquinho sobre as canções do álbum "Arca de Noé". Na madrugada do dia seguinte Vinicius foi acordado pela empregada, que o encontrara na banheira de casa, com dificuldades para respirar. Toquinho, que estava dormindo, acordou e tentou socorrê-lo, seguido por Gilda Mattoso (última esposa do poeta), mas não houve tempo e Vinicius de Moraes morreu pela manhã.

Algumas obras de Vinicius:

Mar


Na melancolia de teus olhos
Eu sinto a noite se inclinar
E ouço as cantigas antigas
          Do mar.
Nos frios espaços de teus braços
Eu me perco em carícias de água
E durmo escutando em vão
          O silêncio.
E anseio em teu misterioso seio
Na atonia das ondas redondas.
Náufrago entregue ao fluxo forte
          Da morte. 




Soneto de Fidelidade





De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.



Na música:




Garota de Ipanema (Vinicius de Moraes , Antonio Carlos Jobim)


 
Olha que coisa mais linda
Mais cheia de graça
É ela menina
Que vem e que passa
Num doce balanço
A caminho do mar

Moça do corpo dourado
Do sol de lpanema
O seu balançado é mais que um poema
É a coisa mais linda que eu já vi passar

Ah, por que estou tão sozinho?
Ah, por que tudo é tão triste?
Ah, a beleza que existe
A beleza que não é só minha
Que também passa sozinha

Ah, se ela soubesse
Que quando ela passa
O mundo inteirinho se enche de graça
E fica mais lindo
Por causa do amor 

http://www.youtube.com/watch?v=KJzBxJ8ExRk

Obs: Essa canção já foi interpretada por vários artitas, brasileiros e estrangeiros, como Los Hermanos no Brasi. A versão em inglês desta canção se chama The Girl from Ipanema, cuja letra foi escrita por Norman Gimbel em 1963. Já foi cantada por Frank Sinatra, Cher, Madonna, Sepultura, Amy Winehouse e vários outros artistas.

 Para quem quiser saber mais sobre este grande escritor:

http://www.viniciusdemoraes.com.br/site/rubrique.php3?id_rubrique=12

Abraços.

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